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4/ 01/ 2023

Mais de 230 mil pessoas comparecem ao adeus ao Rei Pelé na Vila Belmiro em Santos

Mais de 230 mil pessoas, entre fãs, amigos e familiares, participaram da última homenagem a Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, em Santos. A cerimônia se estendeu por vinte quatro horas e se encerrou às 10 horas desta terça-feira (3), na Vila Belmiro, com o cortejo fúnebre do ídolo eterno.

Nesta manhã, o velório contou com a presença de personalidades políticas, entre elas o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, os santistas Márcio França (ministro dos Portos e Aeroportos) e o deputado federal Paulo Alexandre Barbosa.

O prefeito Rogério Santos recepcionou as autoridades e, junto ao pai, prestou uma última homenagem ao Rei. Na saída, falou sobre as futuras homenagens que ainda prevê para o maior atleta do século. "É um sentimento de dor pela perda, mas de nostalgia por reviver os momentos felizes do Pelé. Eu estou promovendo, através da Prefeitura, um concurso de projetos internacionais para construção de um monumento no jardim da praia em homenagem ao Pelé. Teremos a união do maior jardim de praia do mundo com o atleta que bateu todos os recordes possíveis".

Para o deputado federal Paulo Alexandre Barbosa, Pelé é parte fundamental da nossa história. "Ele é eterno e isso fica como um grande legado que será incorporado para as próximas gerações. O Rei escolheu Santos como a sua casa, nós temos aqui o Museu Pelé, que será o principal responsável por manter viva e contar essa história, para que as pessoas do mundo inteiro possam conhecer esse legado espetacular que começou aqui, a mais rica história do futebol mundial”.

Durante o final da cerimônia, os atletas do Santos FC, Gabriel Pirani, Lucas Braga e Maicon (acompanhado do pai, santista fanático) também passaram pelo velório. O zagueiro falou sobre a emoção de jogar no clube de Pelé. "É um orgulho imenso que sempre passo aos meus filhos, a camisa que eu visto um dia foi do Rei do Futebol, tenho que me esforçar ao máximo para honrá-la".

Por volta de 10h30, o corpo saiu no caminhão dos bombeiros para o cortejo fúnebre, antes do sepultamento de Pelé. Uma multidão de torcedores se reuniu diante do veículo, e em uníssono cantavam o nome de Pelé, como num último adeus, uma forma de agradecer por tudo que ele fez.

As bandeiras que tremulavam com homenagens feitas pelas organizadas do Peixe ficarão para sempre marcadas como o último momento do Rei diante dos seus súditos e, da Vila Belmiro, seu palco preferido.

Torcedores de diversas cidades fizeram questão de comparecer à homenagem, como é o caso de dona Ivone Aparecida Roque, de 70 anos, moradora de Taboão da Serra. Ela conta que sempre que possível via os jogos do Rei no Pacaembu e, ainda hoje, vem para Vila Belmiro ver o time do coração. "O Pelé é eterno, ele é tudo para o Santos e para o Brasil, eu tinha a obrigação de vir. Eu amava assistir ele contra o Corinthians, era alegria sempre".

Já o funcionário público Fábio Augusto Ferreira da Silva veio de Araçatuba com a mulher e as duas filhas. Apesar de são-paulino, ele disse não poder deixar de dar o adeus ao ídolo máximo do futebol. "Meu pai e meu avô sempre me contaram os feitos dele, depois pude ver pela TV e pela internet todos os lances inesquecíveis. Eu amo futebol e o Pelé é o símbolo máximo do esporte".

Por volta das 14 horas o corpo chegou ao Memorial Necrópole Ecumênica, onde foi sepultado em seguida.

Mal o carro dos bombeiros chegou à Rua Joaquim Távora (que dá acesso ao local da cerimônia), uma leve garoa começou a cair, como lágrimas do céu pela partida de Pelé. O público aplaudiu e cantou o hino do Santos Futebol Clube antes de o corpo entrar no prédio.

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