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15/ 11/ 2017

Genialidade do padre e inventor Bartolomeu de Gusmão é tema de exposição no Museu Pelé

Aberta nesta quarta-feira (15), uma exposição de maquetes exalta o talento e genialidade do santista Bartolomeu de Gusmão (1685-1724). Instalada no Museu Pelé (Largo Marquês de Monte Alegre, 1, Valongo), a mostra apresenta 13 maquetes feitas em madeira e resina epoxi, criadas pelo pesquisador e engenheiro, João Inácio da Silva Filho.
 
As obras recriam muitas das invenções de Gusmão, realizadas há mais de 300 anos, como o forno solar, construído com lentes e capaz de assar carnes; o sistema de automação para drenar água dos porões, utilizado até hoje pelos navios; e talvez o mais famoso dos inventos: o aeróstato, mais conhecido como balão de ar quente, que rendeu a Gusmão o apelido de ‘padre voador’.
  
Reconhecido como o primeiro cientista experimental das Américas, ele também criou, com apenas 14 anos, o carneiro hidráulico, máquina que bombeia água utilizando sua própria força, capaz de levar o líquido a uma altura de 100 metros. 
 
Conhecimento
 
Bartolomeu de Gusmão, tido como o ‘avô da aviação’, foi também responsável pela criação de códigos criptografados e de adaptações para melhorar a eficiência dos moinhos de vento, entre muitos outros inventos. “Bartolomeu de Gusmão foi, sem dúvidas, um dos grandes inventores da humanidade, no mesmo patamar de Arquimedes”, comparou o Silva Filho.
 
O pesquisador trouxe também para exposição a cópia do documento da Biblioteca Pública Municipal da Cidade do Porto (Portugal), que comprova ter sido o padre santista o primeiro cientista a acreditar na possibilidade de o homem voar, utilizando um balão de ar quente.
 
Nas primeiras horas após a abertura da exposição, o público pode conferir a riqueza de detalhes das maquetes e conhecer um pouco sobre a história deste santista tão ilustre. “A gente se surpreende em saber que foi um brasileiro que inventou tantas coisas e há tanto tempo atrás. Foi uma oportunidade para eu aprimorar os meus conhecimentos”, definiu a aposentada andreense Rosangela Morais, que há dois anos mora em Santos.
 
Com entrada gratuita, a exposição permanecerá aberta até o próximo mês, de terça a domingo, das 11h às 17h.
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