Orquidário

Foto topo: Marcelo Martins

  

Parque zoobotânico que reproduz a Mata Atlântica, o Orquidário Municipal conta com cerca de 3.500 orquídeas de 120 espécies, a grande maioria afixada nas árvores. Inaugurado em 1945, era, à época, o maior parque do gênero, ao ar livre, do mundo e mantém-se como o segundo equipamento público em visitação na cidade, atrás apenas do Aquário.

Atrações
Foto Lateral
Preto
Esquerda

Passeio imperdível para todas as idades, possui quase 500 animais de 70 espécies, muitos dos quais vivem soltos, a exemplo de cutias, cágados, jabutis, saracuras e pavões. Para completar, atrações como Trilha do Mel, Jardim Sensorial e Viveiro de Visitação Interna, onde as aves chegam a pousar bem perto das pessoas. O Setor de Zoologia do Orquidário é referência no atendimento a animais silvestres e realiza até procedimentos cirúrgicos e hospitalares.

  

Foto: Raimundo Rosa

Mata tropical urbana
Foto Lateral
Preto
Esquerda

Além da espécie que dá o nome ao parque, o Orquidário também possui cerca de 1.500 árvores e arbustos. É uma verdadeira Mata Tropical Urbana, formada por exemplares de diversos países do mundo. São árvores frutíferas e medicinais, além de nativas como o pau-brasil, embaúba, ipê-roxo e pau-ferro, totalizando 137 espécies arbóreas de 36 famílias. Com mais de 30 metros de altura, um exemplar de pau-rei é a árvore mais alta do parque e pode ser apreciada logo à entrada.

 

Foto: Tadeu Nascimento

História do Brasil
Comprimento Total
Branco
Esquerda

Pés de cacau, urucum, pau-brasil, mandioca, café e de banana formam o espaço das ‘Plantas que contam a História do Brasil’.

 

Foto: Ronaldo Andrade

Trilha do Mel
Comprimento Total
Branco
Esquerda

A Trilha do Mel é ladeada por seis colmeias de iraí, jataí, mandaçaia, mandurim e mirim, de abelhas silvestres sem ferrão. Já no jardim sensorial, o caminho é formado por vários tipos de solo, como brita, areia e paralelepípedo.

 

Foto: Anderson Bianchi

Pau-rei
Foto Lateral
Cinza
Esquerda

Com 30m, o exemplar de pau-rei é a árvore mais alta do parque zoobotânico. Encontra-se logo na entrada, à esquerda do pergolado, e pode ser identificada até mesmo longe do Orquidário.
Outro destaque é o pau d’alho. De casca rugosa e flores brancas, possui glândulas produtoras de essência com aroma semelhante ao do alho. Já o angico branco, de grande porte e flores brancas, libera uma resina usada na fabricação de goma-de-mascar.
O guapuruvu, árvore-símbolo do Vale do Paraíba, outra árvores de grande porte, também pode ser apreciada no parque. Ela chega a crescer 3m por ano e a alcançar 30m, e sua casca é rica em tanino.

 

Foto: Ronaldo Andrade

Aves migratórias
Comprimento Total
Branco
Esquerda

Poucos sabem que o Orquidário também atrai aves migratórias, entre elas os irerês, que passam o dia no equipamento e retornam à noite aos manguezais da região. Já as garças brancas, que fascinam crianças e adultos em vários pontos da cidade, principalmente no Mercado de Peixe da Ponta da Praia, chegam ao final da tarde e se abrigam nas árvores do lago para pernoitar.

 

Foto: Anderson Bianchi

Um pouco de história
Foto Lateral
Cinza

O Orquidário Municipal foi inaugurado em 11 de novembro de 1945 com o objetivo de expor as orquídeas cultivadas por Júlio Conceição, o primeiro orquidófilo do Brasil, falecido sete anos antes. Ele morava em uma grande chácara no Boqueirão, chamada Parque Indígena, onde cultivava cerca de 90 mil orquídeas em árvores e ripados, no início do século passado.
Aberto em 1932, o Parque Indígena foi o primeiro estabelecimento de visitação pública de Santos e verdadeira referência turística da cidade, funcionando até o início dos anos 1940, mesmo após a morte de seu fundador, em 1938.

 
Maior orquidário ao ar livre do mundo à época, o Parque Indígena abrigava também pavilhão para exposição de flores, pomares, jardins e cabines de banho, tanques de peixes, reservatório com peixe-elétrico do Amazonas, pombal e curiosos bancos formados por ossos de baleia. Com a morte de Júlio Conceição, a área foi loteada em 1944 e seu patrimônio biológico, vendido por valor simbólico à Prefeitura para formar o Orquidário.

  
Mas a história do parque começou, na verdade, em 1903, quando o engenheiro Saturnino de Brito iniciou seu inédito plano para saneamento de Santos. Seu projeto previa também a desapropriação de terrenos para facilitar o acesso à Usina de Tratamento, inaugurada em 1907, e para a construção de um parque público em frente a esse complexo.
O terreno foi desapropriado em 1909 e doado pelo Estado à Prefeitura em 1914. Mas a ideia de construção do parque seria resgatada somente 24 anos depois.

 

Foto: Ronaldo Andrade