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15/ 02/ 2017

Maquete ferroviária vai funcionar nos 150 anos da Estação do Valongo

Colocar em funcionamento uma composição ferroviária em escala, fazendo-a acelerar, entrar em desvios e até mesmo retroceder nos trilhos, é uma das atrações disponíveis ao público durante as comemorações dos 150 anos da inauguração da São Paulo Railway, marcadas para quinta (16) a partir das 11h.
 
A cerimônia, que terá o ator Marcos Frota como mestre de cerimônia, será aberta com a reativação do relógio no corpo central da Estação do Valongo, inaugurada em 1867 justamente para atender à primeira estrada de ferro paulista, que ligava o planalto paulista ao litoral. O mecanismo foi restaurado pelorelojoeiro Antônio Rodrigues de Lima.
 
Medindo quatro metros por três, a maquete modular ferroviária em escala 1:87 (um centímetro do modelo em miniatura representa 87 centímetros do tamanho real do carro) ficará montada até domingo (19) no Museu Pelé, junto a uma exposição fotográfica do acervo de Rafael Correa, pesquisador ferroviário e autor do livro ‘As locomotivas elétricas da Cia. Paulista’.
          
A peça ferroviária, com 40 módulos, mostrará espaços rurais, urbanos e industriais, além de túneis, pontes, viadutos, rios e estradascortados tradicionalmente pelas ferrovias. “São modelos em escala, fiéis aos protótipos, inclusive quanto às cores e logomarcas, conforme determinam as normas americanas”, explicou Renato Gigliotti, morador de Santo André e integrante do Férreo Clube do ABC.
 
Ferrofãs
Na maquete que trará a Santos junto com Marcelo Tálamo, ele apresentará vagões em miniatura das empresas ALL, Rumo e MRS, utilizados para o transporte de cargas diversas, granéis e aço, entre outros que atendem o Porto de Santos. Com 52 anos, há mais de 15 Gigliotti dedica-se ao hobby de construir trens em miniatura. E nada de chamar as peças de trenzinho, quase uma ofensa para os ‘ferreofãs’: “O nome correto é modelos ferroviários em escala”, ensina.
 
Dono de mais de 100 trens em escala, Tálamo, 55, há 25 anos dedica-se à preservação e estudo da história ferroviária. Defensor do modal, ele lembra que uma locomotiva apenas é capaz de puxar 50 vagões carregados, o que representa de 100 a 150 caminhões a menos trafegando nas estradas. “É a alternativa mais econômica e menos poluente e, com a maquete, será possível ver como funciona uma composição ferroviária.” 
 
Programação
Ainda na quinta, às 11h, haverá performances artísticas (circo, teatro e música), seguindo-se descerramento da placa comemorativa dos 150 anos da Estação do Valongo, almoço temático inglês no Estação Bistrô Restaurante-escola e passeios no  Bonde Arte (12h30, 14h e 15h) com o ator e contador de histórias Alexandre Camilo, sobre o tema ‘150 Anos da Estação do Valongo’(retirada dos ingressos, gratuitos, 1h antes de cada horário; capacidade do bonde: 36 pessoas).
 
Às 13h, haverá apresentação do Quarteto de Cordas Martins Fontes, interpretando peças de grandes compositores ingleses e brasileiros, e, duas horas depois, exposição de relógios antigos e a palestra ‘A História do Relógio’, com o professor Antônio Rodrigues de Lima, no térreo da Estação do Valongo.

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