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5/ 06/ 2018

Abear aposta na capacidade de a região contar com aeroporto

A Costa da Mata Atlântica tem capacidade “inquestionável” de contar com um aeroporto regional, conforme o presidente da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), Eduardo Sanovicz, que nesta segunda-feira (4) participou do seminário ‘A região em pauta’, promovido pelo grupo A Tribuna. Na oportunidade, foram abordados os temas Aeroporto metropolitano como fomento ao turismo de negócios e Turismo Metropolitano e seu potencial.

Com um Produto Interno Bruto da ordem de U$ 44,7 bilhões, os nove municípios entre Bertioga e Peruíbe encontram-se em um patamar equivalente a regiões como Joinville, Ribeirão Preto e Uberlândia, que já dispõem de aeroportos. “Quando o aeroporto de Guarujá começar a operar, a previsão é que, em aproximadamente 10 a 12 anos, atenda a quatro milhões de pessoas por ano, ”afirmou Sanovicz.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico e Portuário de Guarujá, Alexandre Trombelli, também convidado a ocupar a tribuna, já está pronto o edital de licitação para a concessão do Aeroporto Civil Metropolitano à iniciativa privada. Resta apenas o parecer favorável da Força Aérea Brasileira (FAB) para a construção de um terminal em espaço da Base Aérea de Santos.

MOBILIDADE - De qualquer forma, ressalvou o presidente da Abear, “não existe aeroporto se não houver facilidade de acesso” e propôs a realização de check in remoto no Terminal Marítimo de Passageiros Gisfredo Santini-Concais, com os turistas sendo transportados depois por barca para o aeroporto, localizado do outro lado do Estuário. Sanovicz também destacou a necessidade de definir o modelo de gestão do aeroporto, uma vez que a  manutenção “é extremamente onerosa para Guarujá cuidar sozinha”.

Presente na plateia o diretor-presidente do Concais, Flávio Brancato, foi questionado pela mediadora Arminda Augusto, editora-chefe do Jornal A Tribuna, e adiantou interesse na utilização do terminal marítimo para a realização do check in. “Não vemos o menor problema. A estrutura está pronta e essa alternativa é viável e prática.” Só falta, afirmou, conversar com as partes interessadas e combinar o custo.

Essa possibilidade foi aprovada pelo diretor de Alianças e Distribuição da Azul Linhas Aéreas, Marcelo Bento, que afirmou o interesse da empresa em operar na região. “Mas a estrutura precisar está lá, pronta, porque a Azul não participa de gestão e não administra aeroportos.”

ITANHÉM - O prefeito de Itanhaém Marco Aurélio Gomes frisou que o aeroporto que antes atendia a Petrobras  encontra-se em plenas condições - as operações foram transferidas recentemente para o Rio de Janeiro. “São 1.350 metros de pista e há balizamento noturno. O terminal tem capacidade para atender 60 mil passageiros por mês e, com recursos para a mobilidade, interligando a estrada com o rodoanel, ele estará a 20 minutos de distância da capital.” Essa interligação, entretanto, ainda não dispõe de recursos.

Ainda nesse módulo, falou Marcelo Pedroso, diretor de Relações Externas da Iata (International Air Transport Association), empresa responsável por 285 companhias aéreas de carga e passageiros, responsável por 83% do tráfego aéreo global. “O Brasil tem grande potencial de crescimento e, em 2035, deverá ser o quarto mercado mundial nesse segmento, atrás apenas da China, Estados Unidos e Índia.”

No bloco seguinte, com o tema Turismo metropolitano e seu potencial, a exposiççao ficou a cargo do turismólogo e professor universitpário Alexandre Nunes; Presidente do Costa da Mata Atlântic Convention & Visitors Bureau, Leonardo Carvalho; jornalista Rosana Valle, editora por 18 anos do programa Rota do Sol, da TV Tribuna, e Renato Marchesini, bacharel em Turismo e proprietário da Caiçara Expedições.