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24/ 02/ 2018

Museu Pelé e bonde recebem cão-guia e deficiente visual

O cão-guia Angel foi atração hoje à tarde (23) no Museu Pelé e na Linha Turística do Bonde – a labrador fêmea é o único cão-guia em atividade em Santos. Conduzindo o passeio ao Centro Histórico de seu dono, Daniel de Moraes Monteiro, 31 anos, cego de nascença, a cadela da raça labrador circulou pelo museu e aguardava, sentada, a audiodescrição de peças expostas, realizada por guias de turismo da Setur (Secretaria de Turismo).

Compenetrada de sua responsabilidade, Angel só aceitava a aproximação de desconhecidos para um carinho quando Daniel soltava o arreio (peitoral com alça rígida) e a segurava pela guia. Ela também resistiu a subir com o dono em um banco no meio do reboque do bonde, por sentir dificuldade em ultrapassar os degraus – mas venceu facilmente o espaço para alcançar o primeiro banco, que apresenta maior espaço, e guiou Daniel para se sentar em segurança.

CUIDADOS - Angel é o segundo cão-guia de Daniel e o acompanha desde 2014. O primeiro foi aos 19 anos, mas Mac morreu em 2012. No ano passado, Daniel assumiu a Coordenadoria de Políticas para Pessoas com Deficiência, da Prefeitura, e em dezembro, junto com Angel, fizeram seu primeiro passeio na Linha Turística do Bonde.

Labrador é uma das três raças mais comuns de cães-guia, além de Golden Retriever e Pastor Alemão. Todas apresentam características que se prestam ao atendimento a deficientes visuais, como inteligência, força, afabilidade e adaptabilidade.

O treinamento é rigoroso e gradativo, durando cerca de 2 anos. Assim como muitos adestramentos, o processo utiliza a recompensa para atitudes certas e a punição para atitudes incorretas. Entretanto, as recompensas para um cão-guia nunca são comestíveis, pois o animal não pode perder o foco com guloseima durante seu trabalho.