Até domingo, tem filme sobre 104 anos de Santos e Corinthians no Museu Pelé

Tem gol por cobertura, de bicicleta, pedalada, voleio, de letra e até de bico. E tem histórias de vitórias e fracassos, de tabus, lances e finais que viraram lenda no futebol. Mas o importante mesmo do documentário Preto no Branco, lançado ontem (4) no Museu Pelé, foi mostrar, em 88 minutos de muito bom humor e por meio de clipes inéditos de quatro rappers, o talento e a garra dos jogadores que construíram, ao longo de 104 anos, a história do Santos Futebol Clube e do Corinthians. Hoje tem sessão às 15h e, de amanhã a domingo (6 a 9), às 12h e às 15h.
         
“Quis mostrar que, apesar da rivalidade, os times têm muitos valores, são vitoriosos e que é possível uma convivência pacífica entre as torcidas”, afirmou o cineasta Joaquim  (Kim) Teixeira, que há 10 anos se dedica ao segmento esportivo, dos 25 de sua trajetória com audiovisuais. Ele considera seu filme “quase um musical”, com os raps inéditos deXis, Fernandinho Beat Box, Ice Dee e Daniel Criminal D, alvinegros da Vila e do Itaquerão. Os dois últimos participaram da sessão de estreia, fizeram selfies e se divertiram com o retorno do público.
 
Histórias
Com os historiadores Odir Cunha e Plínio Labriola contando, em forma de contraponto, sua visão como torcedores, respectivamente, do Santos e do Corintians, o documentário apresenta jogadas memoráveis, derrotas inacreditáveis e ídolos de ambos os lados. Não faltou nem mesmo a lavada de 11 a 0 do Corinthians sobre o Santos, na própria Vila Belmiro, em 11 de julho de 1920, pela fase única do Campeonato Paulista.
 
“Foram lances duvidosos, com cinco expulsões e três pênaltis”, conta Odir, que deu o troco com o “chocolate” de 8 a 3 sobre o Timão, “a maior goleada do clássico paulista”, ocorrida em 1927.Há ainda depoimentos de astros como Pelé, Coutinho, Pepe, Carlos Alberto, Renato, Robinho, Diego, Robert, Marcelinho, Vampeta e Mário Pereira, entre outros, além do de torcedores. O Museu Pelé funciona no Largo Marquês de Monte Alegre, 1, Valongo, e o ingresso custa R$ 10,00 (inteira).