Conjunto do Carmo
Foto topo: Tadeu Nascimento
Patrimônio nacional desde 1940, o Conjunto do Carmo é considerado um dos mais antigos relicários do barroco brasileiro - são duas igrejas unidas por torre com campanário, revestida de azulejos marianos originais do século XIX, fachada incomum nesse período.
No pináculo da torre, está a figura de um galo de ferro, que representa a fraqueza humana citada na Bíblia, quando Pedro nega Jesus três vezes. As igrejas estão separadas por um corredor que dá acesso à Rua Itororó nº 2, formando uma viela sem saída, a única do centro santista.
O convento
A Igreja dos Freis Carmelitas, do Convento do Carmo, data de 1589 – é a da direita do conjunto. Patrimônio tombado pelo Estado em 1981 e pelo Município em 1990, tem altares dourados, em madeira, adornados por imagens devocionais do século XVIII. No presbitério, possui cadeirais em jacarandá utilizadas para a celebração do ofício dos frades. Também em destaque, telas de Benedito Calixto e tocheiros de grande beleza.
Fica no espaço da antiga portaria do convento o Panteão dos Andradas, que em 1924 recebeu os restos mortais do Patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva, antes enterrados no pátio da igreja.
Foto: Francisco Arrais
Igreja da Venerável Ordem Terceira
É bastante restrita a parte documental da Igreja da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, pois um incêndio em 1941 destruiu o altar-mor (reconstruído cinco anos depois) e muitos documentos referentes à solenidade da pedra fundamental da capela, em 4 de setembro de 1752.
Inaugurada oito anos depois do início das obras, a igreja possui linhas rococó, em um estilo anterior, sob a influência da Companhia de Jesus. Há ainda telas do frei Jesuíno do Monte Carmelo (1764-1819) e uma pia de água benta, de 1710.
Foto: Francisco Arrais