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1/ 03/ 2021
Pesquisa com moradores indica benefícios do turismo para a criação de empregos e economia
O turismo beneficia a economia da região e de Santos, além de criar empregos para os moradores da cidade, de acordo com a opinião de mais de 73% dos residentes locais que participaram da Pesquisa de Percepção do Turismo nos Municípios, promovida pela Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo.
Pioneiro, o levantamento em formato digital envolveu 210 municípios turísticos no período de 24 de novembro a 8 de janeiro, e teve por objetivo monitorar o grau de satisfação local com o turismo e as percepções de questões específicas. A pesquisa contou com a participação de 265 moradores de Santos.
Inspirado em um estudo apresentado ano passado pelo Observatório de Turismo de Yukon (Canadá), durante o Encontro Virtual Mundial de Observatórios de Turismo, da Organização Mundial do Turismo (OMT), esse monitoramento deverá ser realizado com frequência, adianta a secretaria paulista, permitindo acompanhar as percepções locais sobre o turismo e garantir que seu crescimento sustentável esteja alinhado com os valores de sua população.
PERCEPÇÃO - As perguntas da primeira parte da pesquisa concentraram-se nas perspectivas dos residentes sobre as áreas de impacto do turismo e a população santista demonstrou querer preservar e proteger seus valores, que incluem elementos econômicos, sociais, culturais, ambientais e comunitários.
67,8% dos participantes da pesquisa concordam totalmente que o turismo é bom para o município; 51,70%, que ele é bom também para a população, e 30,19% reconhecem beneficiar-se dessa atividade. No tocante à Percepção do Impacto Econômico do Turismo, 77,74% admitem que ele beneficia a economia do município e cria empregos para os moradores (76,52%).
IMPACTOS - No tópico Percepção do Impacto Social e Cultural, 38,26% concordam totalmente que o turismo contribui positivamente para a qualidade de vida da população e que a atividade ajuda a preservar e celebrar a cultura – só 14,34% alegam que ele torna difícil para a população desfrutar das atrações locais. No quesito Percepção do Impacto Ambiental, apenas 15,47% concordam totalmente que o turismo tem um impacto negativo sobre os recursos naturais do município, enquanto 44,91% concordam de forma parcial.
Só 13,21% acreditam que os visitantes tornam difícil para os habitantes aproveitar a vida ao ar livre, enquanto 36,98% concordam parcialmente – 28,30% discordam de forma total e 21,13%, parcial. 49,06% concordam parcialmente que o turismo causa danos ao meio ambiente, enquanto 18,11%, parcialmente – 10,62% discordam de forma parcial e 10,94%, totalmente.
Já nas questões relativas à Percepção do Impacto na Comunidade, 44,32% concordam que o tráfego de visitantes afeta negativamente o deslocamento em estradas e ruas, enquanto 36,36% concordam parcialmente. 31,06% discordam que o turismo dificulta o encontro de moradia, ao passo que 21,9% apenas parcialmente.
Crescimento - 45,28% dos participantes da pesquisa esperam, nos próximos 10 anos, constatar a presença de mais turistas em Santos, enquanto 35,47% acreditam ser suficiente número semelhante ao atual –apenas 15,85% esperam menos turistas.
Se esse movimento ocorrer nas férias de fim de ano, 37,12% preferem volume semelhante ao atual; 35,61%, menos, e 25%, mais turistas na cidade. Curiosamente, 49,81% dos participantes gostariam da presença de mais turistas nas férias de meio de ano; 31,46% o fluxo atualmente verificado e 15,59%, menos.
PREOCUPAÇÕES – A Pesquisa de Percepção do Turismo nos Municípios identificou que os participantes têm como principais preocupações em relação ao turismo o tráfego de visitantes, por afetar negativamente as viagens locais da população (55,60%), causar danos ao meio ambiente (41,70%) e apresentar impactos negativos sobre os recursos naturais da região (38,22%). Esse último percentual também se refere à falta de engajamento dos visitantes na cultura local.
A população feminina predominou na pesquisa (67,82% dos participantes), assim como os moradores com mais de 50 anos (53,41%), com nível de escolaridade superior completo e com pós-graduação (82,58%), de cinco a oito salários mínimos (26,64%) e superior a 10 salários mínimos (23,55%). A maioria dos participantes (74,90%) não atua no segmento do turismo.
FOTO: Tadeu Nascimento