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15/ 07/ 2020

Rua Gastronômica de Santos terá arte das faixas de trânsito aos postes

Olhando para cima ou para baixo, munícipes e turistas poderão identificar detalhes artísticos da personalização da Rua Gastronômica – trecho de três quadras da Rua Tolentino Filgueiras, entre as avenidas Washington Luís e Ana Costa, no Gonzaga.

O conceito estético diferenciado em relação às outras vias pode ser notado desde a pintura do solo, nas faixas de travessia que remetem a talheres como garfo e faca, até os novos postes de luz, que ilustram alguns dos pratos servidos pelos 14 estabelecimentos locais, de diferentes tipos de culinária nacional e internacional.

Na reta final de execução do projeto, entrou o trabalho artístico do publicitário santista Erico Bomfim, que já havia ilustrado bocas de lobo da Cidade numa campanha de conscientização chamada “Essa boca não é lixo”. Agora, ele encara um novo desfaio. “Tinha ideias já fervilhando na cabeça, mas precisava de autorização”, explica, lembrando que os desenhos e inscrições sobre o asfalto exigiram análise e aprovação da Companha de Engenharia de Tráfego (CET).

Segundo ele, a parte de solo “foi um plus”, já que o foco inicial eram os postes. “Como já tinha uma empresa que fazia a pintura das faixas, dei umas dicas, como a ideia do garfo, que gerou toda essa repercussão”, conta, referindo-se à imagem de uma das travessias da via, que circulou pelas redes sociais na última semana.

Nos pontos de iluminação, Bomfim adianta que haverá leituras diferentes por quem passa pela calçada e pelo meio da rua. “Quem estiver de carro, vai ver sempre um desenho similar: ondas com variações de cor. Para quem vier pela calçada já será diferente. Haverá elementos que remeterão a ingredientes, como pão e alface, e pratos, como sushi e macarrão. Alguns lugares serão propícios para selfie”.

Com a finalização dos trabalhos até domingo e o avanço de Santos à fase amarela do Plano São Paulo de retomada econômica, a expectativa é de que a Rua Gastronômica seja inaugurada oficialmente na próxima semana. Durante esta fase da flexibilização da quarentena, os estabelecimentos do ramo alimentício poderão funcionar no máximo seis horas por dia, com até 40% da capacidade de público.

A reurbanização do trecho contou com um investimento de aproximadamente R$ 2 milhões, provenientes de um Termo de Responsabilidade de Implantação de Medidas Mitigadoras e/ou Compensatórias (Trimmc) entre a Prefeitura e uma empresa portuária.

FOTO: Susan Hortas