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7/ 10/ 2019
Festival do Imigrante leva 15 mil pessoas ao Centro Histórico
Um centro histórico e cada vez mais festivo. O Festival do Imigrante, encerrado neste domingo (6), reforçou a marca da região como o principal ponto da Cidade quando o assunto é eventos ao ar livre, familiares e plurais. Aliás, a pluraridade foi a grande marca da festa que homenageou os povos que colaboraram no desenvolvimento do Brasil.
O público de 15 mil pessoas curtiu os três dias de programação, com muita música, dança típicas, teatro, gastronomia, artesanato, oficinas culturais, mostra de cinema e espaço kids, dentro do Museu Pelé e no entorno do Largo Marquês de Monte Alegre, Valongo.
Neste domingo (6), último dia do festival, a coreografia empolgante do autêntico sapateado bávaro, apresentado pelo Grupo Folclórico Tirol, abriu a programação de danças típicas. A exibição envolveu também o histórico das danças e dos trajes típicos, contando ainda com a participação do público.
O grupo, que existe há 33 anos, apresentou ‘Pantomima dos Lenhadores’, ‘Dança do Rio Reno’, ‘Pantomima do Ferreiro’ e coreografia simbolizando os moinhos de grãos. Na sequência, o Grupo Apolo de Danças Gregas, que demonstrou sua alegria em participar do festival no depoimento emocionado de Augusto Cesar Vassilopoulos.
Depois foi a vez do Grupo Folclórico Caminos de España, do Centro Espanhol de Santos, subir ao palco, seguido da Escola Livre de Dança de Santos, que representou o Reino Unido com o premiado sapateado irlandês ‘Guardiões’. As apresentações folclóricas foram encerradas com Portugal, representado pelos grupos Veteranos Apaixonados pelo Folclore e Típico Madeirense, e show com Ana Carla, Wallace Oliveira (guitarra portuguesa) e Sérgio Borges (viola de fado).
A última atividade do dia foi a encenação do espetáculo A Branca de Neve, a cargo do Grupo Hora de Brincar, já que em razão do mau tempo o show da Banda King of the Queen teve que ser cancelado.
Bonde e oficinas
Saíram lotadas as duas edições do Bonde Brincar, com contação da história ‘Santos, um porto de contos’, a cargo de Camila Genaro, que contou ainda com brincadeiras, que se estenderam ao Espaço Kids, em frente ao Museu Pelé.
Gabriel Paiva, de 6 anos, entrou no clima japonês e fez a saudação típica, inclinando o corpo para a frente, para cumprimentar as professoras da oficina de origami, realizada no museu. “Sou faixa branca no judô e a gente se cumprimenta assim”, foi logo explicando, ao lado da irmã Sarah, de oito anos, que também tem a mesma graduação no esporte.
Sob os olhares da avó Regina, os dois seguiram direitinho o passo a passo e as orientações das professoras e saíram orgulhosos com a dobradura do tsuru. Marina Yoshida relembrou a técnica e disse que há cerca de 20 anos não fazia a dobradura. Ainda no Museu Pelé foram realizadas oficinas de Shodô, mangá, danças circulares e flamenco.
Neste domingo, na mostra de filmes clássicos, que ocupou o auditório do museu, foram apresentados ‘Fale com ela’, drama de suspense dirigido pelo espanhol Pedro Almodóvar; ‘Capitães de Abril’, ficção histórica baseada no golpe militar que terminou com a ditadura salazarista em Portugal ‘A Viagem de Chihiro’, produção japonesa e considerado um dos melhores filmes de animação de todos os tempos.
Satisfeito com a participação do público e com repercussão da 1ª edição do Festival do Imigrante, o secretário de Turismo, Odair Gonzalez, disse que o evento “veio para ficar”, e acrescentou: “Nosso desejo é que o festival possa ocupar mais espaços e ter atrações de ainda mais países no ano que vem”.