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8/ 09/ 2019

Concerto ‘Clássicos do Rock’ leva multidão à Praça Mauá

A Praça Mauá sacudiu bonito no embalo de seis mil pessoas que dançaram no ritmo de Bohemian Rhapsody, eternizada pela banda britânica Queen, a última do concerto ‘Clássicos do Rock’, apresentado hoje (7) pela Orquestra Sinfônica Municipal de Santos, com participação de Cristopher Clark e sua banda Quarteto do Rock. O público não arredou o pé e insistiu no bis, mesmo o maestro José Consani ter se explicado ao microfone: “Acabaram as músicas!” O jeito, então, foi reprisar Burn, da também britânica Deep Purple, a primeira do repertório metaleiro.
​Previsto inicialmente para o dia 3 de agosto, mas transferido da praça para o Sesc em função do tempo instável, o concerto, com duas horas e meia de duração, atraiu público de todas as idades e famílias inteiras. Teve mãe que não interrompeu o balanço do corpo ao ritmo das músicas nem mesmo enquanto amamentava, pais que incentivavam os filhos pequenos a dançar e idosos que mostraram seu passado roqueiro, cantando todas as músicas. Isso sem contar com jovens de várias tribos, muitos dos quais ostentavam nas camisetas pretas o nome das suas bandas preferidas.


QUEBRAR BARREIRAS - Feliz com a participação da plateia, o maestro fez vários agradecimentos. “Contar com um público desses na praça aumenta a nossa vontade de apresentar sempre o melhor repertório.” Com 36 anos e regente deste 2010, Consani comentou, antes de subir ao palco, que Clássicos do Rock tem, para ele, um sentido maior. “Comecei a estudar música tocando guitarra. Essa foi minha base. E poder juntar erudito e popular é explorar inúmeras possibilidades, além de quebrar barreiras e desmistificar a música clássica, levando-a a um número maior de pessoas.”
​O concerto foi aberto com o 1° movimento da Sinfonia n° 5, de Beethoven, a quem o maestro chamou de “primeiro roqueiro da música”, subindo então ao palco Christopher Clark e banda para interpretar Burn; By the way, de Red Hot Chili Peppers; Wherever (The Calling); While my guitar (The Beatles) e Perry Mason (Ozzy Osboune).
Com uma pausa no rock, a orquestra prestou homenagem a compositores da MPB que apresentaram uma proposta mais irreverente, a exemplo de Caetano Veloso, Belchior e Gilberto Gil, cujas peças ganharam o coro do público. Na sequência, Clark retomou o microfone para Starway e  Kashmir, ambas de Led Zeppelin; Sweet child (Guns N’ Roses); Another Brick e Time, as duas de Pink Floyd; Smells (Nirvana); Dream on (Aerosmith) e Back in Black (AC/DC).