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27/ 07/ 2019

8º Valongo Moto Classic reúne 1.500 participantes no Centro Histórico

O ronco dos motores – de lambretas a possantes Harley Davidson – invadiu o Centro Histórico hoje pela manhã (27), com a verdadeira invasão de motocicletas que participaram do 8º Valongo Moto Classic, que contou com apoio institucional da Setur (Secretaria de Turismo).

   
Cerca de 500 veículos e mais de 1.500 pessoas, entre motociclistas, colecionadores, interessados e curiosos, ocuparam o Largo Marquês de Monte Alegre e a Rua São Bento a partir das 9h, números que surpreenderam o próprio idealizador e coordenador do evento Marco Pasini, feliz com a adesão. O grupo Sena Sopra Metais reforçou a animação, circulando pelo alpendre da estação do Valongo e via pública.

  
​Este ano, as atenções se voltaram para a motocicleta francesa Rochet, de 1904, de 500 cilindradas, única no mundo, que levou o troféu Antiguidade. “Há mais duas na França, mas são de 1920 e 1926, e ambas de 350 cilindradas”, explicou Carlos da Silva Pereira, o Peixinho, que duas vezes por semana garante a manutenção desse e de outros 47 modelos, entre motos, carros e bicicletas, que formam o museu da Memorial Necrópole Ecumêmica Vertical.

   
​A raridade foi encontrada, abandonada, no Rio Grande do Sul e a restauração demorou sete meses, prosseguiu Peixinho, confidenciando que hoje o veículo está avaliado em US$ 80 mil (R$ 301 mil). Ele logo informou Pepe Alstut, proprietário da Rochet, sobre o prêmio. “Ele vibrou e queria vir. Mas estava de viagem marcada”, comentou.

   
Na estrada

Dorival Baptista, proprietário de uma empresa de piscinas, e o administrador Jeferson Santelli saíram de Araraquara (SP) às 10h30 de quinta-feira com suas motos Honda 125 cilindradas, ambas de 1985, rodaram 400 quilômetros até Santos e dividiram o troféu Espírito de Aventura. “Chegamos revigorados”, garantiu Baptista.

  
Pelo segundo ano consecutivo eles participam do Valongo Moto Classic. “É mesmo uma aventura, mas vale muito a pena. Não tem dinheiro que pague o que estamos sentindo”, prosseguiu. O troféu identifica a motocicleta que mais rodou para chegar à cidade.

  
​O ex-piloto de motociclismo Alfredo Claro Filho, o Alfredinho, também atraiu a atenção dos aficcionados por duas rodas, com suas histórias e sua paixão pelo esporte. Dentre as histórias, uma envolve a moto Mondial, com a qual venceu todas as corridas entre 1969 e 1973, quando então a vendeu. Trinta e cinco anos depois, Alfredinho a reencontrou e comprou-a no ato.