Ilha Diana: refúgio caiçara de Santos celebra mais um aniversário

Um dos lugares mais caiçaras e bucólicos de Santos comemora mais um ano de história nesta quarta-feira (15). Localizada a apenas 20 minutos do Centro de Santos, a Ilha Diana é lar de uma pequena comunidade de pescadores, com suas tradições, ampla herança cultural, simplicidade e beleza natural de tirar o fôlego.

Atualmente com 177 habitantes e 63 domicílios, conforme o último censo do IBGE, o local é praticamente um oásis, localizado bem na foz do Rio Diana e do Canal de Bertioga, ao lado do Rio Jurubatuba, e  próximo ao maior complexo portuário da América Latina, preservando seu estilo de vida totalmente ligado à natureza. Possui infraestrutura básica, como escola e posto de saúde.

A comunidade desenvolve o turismo de base comunitária, com educação ambiental e gastronomia. Um exemplo é a Festa do Bom Jesus, realizada em agosto, que já virou tradição pela fé e por um dos pratos de destaque no local: a tainha. Aos finais de semana, é possível aproveitar o local para realizar passeios pelo canal do estuário, além dos serviços de bares e restaurantes também oferecidos por moradores. 

Caiçara

“A Ilha Diana é um dos últimos espaços remanescentes da cultura caiçara em nossa região”, informa o historiador da Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams), José Dionísio de Almeida. A Ilha Diana começou a ser habitada na década de 1940, na época da construção da Base Aérea de Santos. As primeiras famílias que chegaram formaram uma comunidade sustentada pela pesca artesanal e pela fé em Bom Jesus, que se transformou em padroeiro da Ilha.

“Ela começa a ser ocupada na primeira metade do século 20 por pescadores vindos de vários locais da região como Litoral Sul, Praia do Goés e da Ponta da Praia, que até a década de 1960, era um bairro de pescadores”, explica o historiador.

Como chegar

O transporte marítimo é o único meio de acesso à Ilha Diana. As barcas partem do cais localizado atrás da Alfândega de Santos, no Centro Histórico. A passagem custa apenas R$ 0,50 (ida e volta), e a travessia, que dura cerca de 20 minutos, inclui uma parada na Base Aérea.