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18/ 11/ 2018

Negra Li e Fernanda Abreu fazem o público vibrar na Virada Cultural

 

 O suingue, irreverência, coreografias, o invejável preparo físico e, claro, o talento de Fernanda Abreu fizeram a Praça Mauá vibrar na madrugada de hoje (18), na última apresentação do primeiro dia da Virada Cultural Santos. A programação começou às 16h de sábado, com o ‘esquenta’ no Museu do Café, a cargo da Orquestra Filarmônica Jovem da Baixada Santista, termina hoje, após a apresentação de LC Negão, Banda Autoramas e Projota, com início às 15h30.

 “Há muito tempo estou querendo vir pra Santos”, disse a compositora e cantora carioca ao subir ao palco pouco depois da meia-noite, logo após a apresentação de Negra Li, cuja produção teve que limitar o acesso dos fãs, que imploravam por uma selfie. A noite começou com Banda Jersey, seguindo-se Cabana Jack e dj Pathy de Jesus.

Fernanda anunciou um repertório que mesclou músicas do novo cd Amor Geral com seus maiores hits. E colocou logo todo mundo para dançar no ritmo de Você pra mim, mostrando que os sucessos do álbum Da Lata, lançado em 1996, continuam arrebatando a multidão, carrregados de balanços do funk, rap e hip-hop.

 E vieram, entre outros, Veneno da lata, Deliciosamente, Baile da pesada, Disco Clube 2 e Garota sangue bom, que ganhou o acompanhamento do público, em um grande e ritmado coral, Não faltou também o megasucesso Kátia Flávia, de Fausto Fawcett. Show à parte foi a bailarina Vitória, que, junto à vocal Alegria, garantiu, esbanjando movimentos de contorcionista, as coreografias acompanhando a cantora. Aliás, a música Tambor teve até demonstrações de capoeira pelo trio no palco.

 “Amei, amei, amei....quero voltar pra cá”, disparou Fernanda, ao descer do palco e ser recepcionada pelo secretário de Cultura Rafael Leal. Ela elogiou Santos – “a cidade é muito musical” -, disse ter sentido “a energia” e a entrega do público “nos olhinhos das pessoas”.

NEGRA LI – Ademilson Oliveira, que não perde uma Virada Cultural, não teve dificuldade em convencer a esposa Jorgina a ir, este ano, à Praça Mauá. “Eu a admiro não só como cantora, mas também pela ativista negra que ela é”, afirmou, engatando logo no ritmo de Você vai estar na minha para não perder o embalo.

 “Já cantei em vários lugares, mas aqui é diferente”, falou Fernanda para a multidão, lembrando o talento de Charlie Brown Jr., banda para a qual pediu “viva” e interpretou Zóio de lua, um dos grande sucessos do grupo santista. “Santos é uma cidade que eu adoro. Quero saber se tem guerreiro e guerreira aí”, provocou a cantora, recebendo de volta aplausos e gritos do público. E abriu o show com o single Malandro chora e Eclipse, que integram o álbum Raízes, a ser lançado nesta terça, em comemoração ao Dia da Consciência Negra.

E, dirigindo-se à plateia, perguntou sobre paixão e afirmou “Vocês têm um minuto para se apaixonar”. Mas, para Diane Lima, de Praia Grande, e pequeno grupo aceito no backstage para uma selfie com a cantora, a paixão tem nome – Negra Li. “Que negra linda, meu Deus”, disse Diane, após conseguir a tão desejada foto.

SEGURANÇA – O clima de segurança imperou durante toda a apresentação dos shows do Virada Cultural Santos, que não registrou ocorrências, de acordo com o capitão Azevedo, da Polícia Militar, que coordenava oito homens e quatro viaturas apenas para supervisionar a Praça Mauá.

Já a Guarda Municipal contava com efetivo de 20 pessoas e duas viaturas na praça e arredores, além da supervisão à distância de equipe de plantão, atenta às imagens das oito câmeras do Sistema Integrado de Monitoramento (SIM). Havia ainda uma viatura do Samu junto à praça e bombeiros civis. O público contou com o suporte de 33 banheiros químicos, inclusive para cadeirantes, além dos sanitários da Praça Mauá.

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