Aquário

Foto topo: Anderson Bianchi

 

Há sete décadas encantando gerações, o Aquário de Santos é o mais antigo do Brasil.

Espaço privilegiado de lazer e conhecimento, o parque é pioneiro em projetos de preservação do mar e de seus habitantes – foi a  primeira instituição brasileira a realizar resgate e recuperação dos animais marinhos. O Aquário ocupa uma área de 3.000 m², 2.214 dos quais abertos aos visitantes.

Murais

Únicos na América do Sul, dois murais do ambientalista norte-americano Robert Wyland ornamentam, desde maio de 2008, com motivos marinhos, as paredes externas de duas caixas d’água do parque. Cada mural tem 12 metros de altura por 4 metros de largura.

 

Foto: Marcelo Martins

Tanques

O parque tem 32 tanques, com um total de 1 milhão e 300 mil litros de águas doce e salgada, tratadas por 35 bombas de filtragem, 24h por dia. Do lado direito, estão os tanques de água salgada e, do esquerdo, os de água doce.
Todos os tanques receberam cenografia que reproduzem os habitats naturais dos animais. Nos de água doce, foram criados ambientes de fundo de rio, com galhos, folhagens, raízes e barrancos. Já os animais de água salgada nadam em ambientes rochosos. No tanque das moreias, que preferem ficam escondidas, canos de PVC funcionam como tocas, imitando fendas nas rochas.

  

Foto: Ronaldo Andrade

Tubarões

Um casal de tubarão-lixa vive em um tanque com 80 mil litros de água. O reservatório recebe atenção maior por parte dos técnicos, sempre atentos à temperatura, à qualidade da água e à alimentação, baseada em filés de pescada, lulas, polvos e até crustáceos vivos para enriquecer a dieta. Essa espécie, ameaçada de extinção, é protegida por lei.
O Aquário possui ainda quatro exemplares de tubarão-bambú, originário do Sudeste Asiático. Eles parecem andar no fundo, pois utilizam as nadadeiras peitorais e pélvicas para se locomover.

  

Foto: Francisco Arrais

Pinguins

Inspirado na Patagônia, o Pinguinário, com 145m², possui três ambientes, dois deles ligados por uma passagem submersa e climatizados, de forma a manter a temperatura média de 17º C. Já o solário, aberto, permite a entrada da luz do sol e não conta com climatização, uma vez que as aves vivem em regiões onde a temperatura pode chegar a 30º C.
Os pinguins chegaram às praias do litoral por força das correntes marítimas, foram recolhidos e tratados no parque santista. Recuperados, permanecem no Aquário, uma vez que inexistem comprovações científicas da eficácia da soltura desses animais em sua colônia de origem.

  

Foto: Anderson Bianchi

Invertebrados

No tanque dos invertebrados marinhos, é possível apreciar estrelas-do-mar, ouriços, caranguejos-eremitas, anêmonas e outros moluscos. Monitores de Educação Ambiental prestam informações sobre as espécies e frisam os danos – e até a morte - causados aos animais marinhos pelo descarte irregular de lixo no mar.

 

Foto: Ronaldo Andrade

Oceânico

Reproduzindo a paisagem rochosa do fundo do mar da costa brasileira, o Tanque Oceânico abriga sernambiquaras, corcorocas, xaréus, robalos, salemas, marimbas e raias-ticonha. É o segundo maior tanque do Aquário e o único em formato circular. Possui 17 metros de diâmetro, 5 metros de altura e 385 mil litros de água. Seus painéis de vidro, com 3,5 centímetros de espessura, permitem a perfeita visualização do espaço marinho.

 

Foto: Anderson Bianchi

Curiosidades

  • Os animais do Aquário consomem cerca de uma tonelada de peixes e frutos do mar por mês – no inverno, chega a 1,6 toneladas. A dieta é balanceada e individualizada, ajustada às necessidades de cada animal. Por dia, são 15 itens oferecidos na alimentação diária, entre eles sardinha, manjuba, merluza, camarão, lula, marisco, siri, anchova, vôngole, tilápia, cavala e tambaqui. 
     
  • Ao contrário ao dito popular, os peixes não morrem pela boca – eles comem três vezes por semana, pois são animais com metabolismo lento, que rejeitam comida em excesso. Além disso, alimento a mais pode deteriorar as condições da água.
     
  • As tartarugas comem três vezes por semana e os pinguins, com metabolismo acelerado, duas vezes por dia.
     
  • Foi no Aquário de Santos que nasceu, em 16 de novembro de 2001, o primeiro pinguim em cativeiro do país – trata-se de Fraldinha. 

 

Foto: Anderson Bianchi