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14/ 09/ 2021

Bolsa Oficial do Café ganha fachada restaurada e novo auditório

Importante prédio histórico e cultural de Santos, o edifício do Museu do Café, na Região Central, teve suas fachadas restauradas inauguradas nesta terça-feira (14), em solenidade que reuniu autoridades municipais e estaduais no Salão do Pregão. O evento marcou a abertura das comemorações pelo centenário da antiga Bolsa Oficial do Café, a ser celebrado em 2022, e contou também com a entrega de auditório, no 2º andar, e com apresentação do coral do Grupo Tirolli na varanda do prédio, que completou 99 anos no último dia 7.

  

As obras no local, que recebe anualmente mais de 350 mil visitantes, entre turistas, estudantes e moradores, foram executadas em 10 meses, com investimentos de R$ 2,9 milhões, provenientes do Ministério Público do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.

  

“Esse é um dos imóveis mais relevantes da história de Santos e do Estado. Posteriormente, entregaremos a iluminação da fachada, contribuindo para que ele seja ainda mais importante como atração turística, e o restaurante, que tem um significado cultural e político. Será um investimento conjunto de mais de R$ 5 milhões para que o edifício da Bolsa, que abriga o Museu, chegue com todo seu esplendor no ano de seu centenário”, afirmou o secretário de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, Sérgio Sá Leitão.

  

Na ocasião, ele manifestou apoio do Estado ao Encontro das Cidades Criativas da Unesco, a ser realizado no próximo ano em Santos. “Que tenhamos um grande evento de repercussão internacional, consolidando Santos como uma das capitais criativas do Estado de São Paulo e do Brasil, projetando a visão estratégica da economia criativa para a promoção do desenvolvimento e da inclusão social”.

 

O prefeito Rogério Santos também destacou a importância do prédio que preserva a história dos tempos áureos do café e falou dos investimentos locais, que valorizarão os 100 anos da antiga Bolsa, em 2022. “É o segundo equipamento mais visitado por conta de seu acervo, beleza e da história do café. Para o centenário, vamos revitalizar a Rua XV para torná-la mais atrativa. Estamos com um movimento de trazer novas empresas para essa região, que vai fortalecer a importância do Centro no seu papel comercial, e trazer novas atividades como universidades e residências”.   

  

Na ocasião, os presentes visitaram o Palácio do Café para conhecer as instalações e exposições atualmente em cartaz no Museu. E conheceram o auditório com 61 lugares e totalmente acessível, novidade que agregará ainda mais valor ao prédio, ampliando o leque das programações culturais e possibilitando o crescimento da captação de recursos por meio de locações.

  

Os serviços de recuperação foram aprovados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) e Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa) – órgãos pelos quais o edifício é protegido.

  

As intervenções ocorreram por meio da empresa Estúdio Sarasá Conservação e Restauração, selecionada por meio de chamamento público, e contemplaram todas as fachadas do edifício (Ruas XV de Novembro, Frei Gaspar e Tuiuti), além da Torre do Relógio. Incluíram limpeza e remoção de vegetação e crosta negra, além da estabilização de revestimentos e elementos artísticos de todas as fachadas.  

  

“Essa foi a intervenção mais significativa que o edifício sofreu desde o restauro integral realizado em 1997, há quase 25 anos, que resultou na implantação do Museu do Café. A Bolsa foi construída para centralizar, organizar e controlar as operações cafeeiras aqui. Rica em arte e detalhes, é um monumento importante da época áurea do café em nossa história”, disse Carlos Henrique Jorge Brando, vice-presidente do Conselho de Administração do Instituto de Preservação e Difusão da História do Café e da Imigração.

  

O promotor de Justiça do Meio Ambiente, Fernando Reverendo, do Ministério Público do Estado de São Paulo, falou que “o prédio conta muito sobre o Brasil, o seu modus vivendi e a história de êxito de pessoas de boa fé. Que esse exemplo do Museu do Café se irradie por toda a Cidade. O nosso Centro Histórico é muito rico e guarda um patrimônio cultural fantástico”. Também estavam presentes os secretários de Cultura (Secult), Rafael Leal, e de Economia Criativa, Empreendedorismo e Turismo (Seectur), Selley Storino; o presidente da Câmara, Adilson Júnior; o presidente da Associação Comercial de Santos, Mauro Sammarco.


Imagem: Arquivo Portal de Turismo de Santos

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